sexta-feira, 12 de julho de 2013

NA COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO - ARREPENDIMENTO

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) contou em entrevista que se arrependera de lançar o ex-governador gaúcho Antonio Britto, então ministro da Previdência, para a sucessão de Itamar Franco. “Britto seria um fiasco”, reconheceu o velho senador, em rara bangornada.
COMENTO
Pedro Simon chega ao fim da vida abrindo o pote de fel. Como governador do Rio Grande do Sul, Antonio Britto fez um governo infinitamente melhor do que o do velho cacique peemedebista. Britto tinha noção de administração, coisa que nunca foi do interesse e das capacidades de Simon. O velho cacique peemedebista fez um governo que praticamente se limitou a administrar a folha de pagamento do funcionalismo. Antonio Britto destravou o atraso gaúcho. Atraiu a GM e a Ford. Se tivesse obtido um segundo mandato dos gaúchos, o Rio Grande do Sul teria hoje um grande desenvolvimento. Mas, a gauchada preferiu o atraso petista, preferiu Olívio Dutra, o Exterminador do Futuro, que escorraçou a Ford do Estado e estancou o processo de modernização e ampliação do parque produtivo gaúcho. Pedro Simon, não é preciso dizer, sempre teve grandes simpatias pelo petismo. A verdade é que Pedro Simon não perdoa uma parte dos seus companheiros por considerar que o impediram de alcançar seu grande objetivo, que era a Presidência da República. Essa é a grande verdade. E mais um detalhe: Pedro Simon não perdoa, até hoje, que Antonio Brito, nas conversações para a campanha de renovação de mandato, tenha considerado entregar a vaga em disputa ao Senado para outro partido. Em resumo, Pedro Simon não esquece nunca, é um poço profundo cheio de fel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chegar ao fim da vida sem uma única obra é triste, melancólico mesmo. Simon fez um governo menos que medíocre. Já Britto nunca será esquecido. Como se diz por aí, ''a inveja é uma merda''.