quarta-feira, 31 de julho de 2013

MORRE BERTHOLD BEITZ, PATRIARCA DO GRUPO THYSSENKRUPP, AOS 99 ANOS

Berthold Beitz, executivo que liderou a poderosa Fundação Krupp, maior acionista da siderúrgica alemã ThyssenKrupp, morreu na segunda-feira, aos 99 anos. Beitz era uma das principais personalidades da indústria alemã do pós-guerra e liderava desde 1968 o conselho de curadores da Fundação Krupp, que possui 25,3% do grupo e é seu principal acionista. A empresa e os principais partidos políticos do país lembraram nesta quarta-feira a longa trajetória do industrial e sua "coragem" durante a Segunda Guerra Mundial. Beitz, que teria completado 100 anos em setembro, conseguiu com sua mulher, Else, salvar a vida de centenas de judeus na Polônia ocupada, ao convocá-los para trabalhar na fábrica em que então estava empregado. Foi nos anos 1950 que chegou à Krupp e se tornou braço direito de Alfried Krupp von Bohlen und Halbach, proprietário da companhia. Durante décadas, dirigiu a empresa, que viveu nos anos 1990 a maior fusão industrial na Alemanha desde a guerra ao se unir com a Thyssen. Entre 1972 e 1988, Beitz foi membro do Comitê Olímpico Internacional, ocupando a Vice-Presidência por quatro anos. A Thyssenkrupp conta com mais de 180 mil funcionários, a maioria fora da Alemanha, e trabalha em cinco frentes: aço, aço inoxidável, automação e tecnologia, elevadores e serviços.

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