O Tesouro Nacional pretende
transferir empréstimos em atraso para a Caixa Econômica Federal. A autorização
está na Medida Provisória 618, publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial
da União. Segundo o secretário executivo interino do Ministério da Fazenda,
Dyogo Oliveira, os empréstimos, que representam ativos do banco, foram
repassados ao Tesouro Nacional em 2001, durante um programa de renegociação
para fortalecer as instituições financeiras federais. Hoje, essas carteiras de
crédito somam R$ 4 bilhões, mas de 5% a 10% estão em situação de inadimplência,
em que o cliente não quitou as parcelas. Com a medida provisória, a Caixa Econômica
Federal terá de pegar de volta os empréstimos em atraso e repassar ao Tesouro Nacional
carteiras de crédito com operações em dia. Para Oliveira, a medida não
necessariamente representará prejuízo para o banco porque a Caixa Econômica
Federal pode renegociar as operações e liquidar os créditos inadimplentes. “A
Caixa Econômica Federal está em melhor condição de renegociar essa dívida do
que a União”, explicou. Essa é mais uma “operação Mandrake” inventada pelo
secretário nacional do Tesouro, o trotskista gaúcho Arno Augustin, para
mascarar o mau estado das contas nacionais. De acordo com o secretário, a maior
parte dos empréstimos em atraso diz respeito a operações de crédito de
habitação e saneamento. Os financiamentos foram concedidos com recursos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é administrado pela Caixa
Econômica Federal.
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