segunda-feira, 17 de junho de 2013

MINISTRO FERNANDO PIMENTEL VAI A BUENOS AIRES PARA "DISCUTIR A RELAÇÃO"

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o petista Fernando Pimentel, embarcou para Buenos Aires, onde se reunirá com autoridades do governo argentino para discutir a relação bilateral. A visita de Pimentel não consta na agenda de nenhum dos interlocutores argentinos com o Brasil de primeiro escalão, como os ministros Julio De Vido (Planejamento), Débora Giorgi (Indústria) e Hernán de Lorenzino (Economia), ou os secretários de Comércio Interior, Guillermo Moreno, e de Política Econômica, Axel Kicillof. A agenda do ministro, segundo a assessoria do Ministério, não está fechada, mas estima-se que ele converse com os argentinos a respeito do comércio bilateral e das bases para a prorrogação do atual acordo automobilístico. A reunião está marcada para as 16h30 (horário de Brasília). O encontro ocorre em meio ao distanciamento entre os dois vizinhos e de um ambiente hostil de negócios na Argentina. Há duas semanas, o governo da presidente Cristina Kirchner anunciou a retomada da concessão de duas linhas ferroviárias de carga da América Latina Logística (ALL). O governo da peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner alegou uma série de descumprimentos de contratos para justificar a medida. Em março, a Vale anunciou a suspensão do projeto de 5,9 bilhões do dólares para explorar potássio na Província de Mendoza. A Petrobras esteve a ponto de fechar um acordo de venda de seus ativos no país com o empresário próximo ao governo argentino, Cristóbal López, mas acabou cancelando o negócio. Contudo, a venda dos ativos continua nos planos da companhia. O clima adverso já vinha rondando a relação desde fevereiro do ano passado, quando o governo adotou as Declarações Juramentadas Antecipadas de Importações (DJAI) que implicam em licenças para todas as importações e prejudicam, especialmente, os produtos de origem brasileira. As barreiras e a retração da demanda argentina levaram a um retrocesso do superávit brasileiro com o sócio, de 5,6 bilhões de dólares a 1,5 bilhão.

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