domingo, 9 de junho de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL INVESTIGA RETIRADA DA PÁGINA "FORTALEZA APAVORADA" DO FACEBOOK

O procurador Márcio Torres, do Ministério Público Federal do Ceará, quer identificar quem provocou a retirada da página criada para denunciar casos de violência em Fortaleza. Para isso foi instaurado, na sexta-feira, um procedimento administrativo para investigar as razões que levaram os operadores da rede social Facebook a excluírem do site a comunidade "Fortaleza Apavorada", criada recentemente na rede. A página foi criada com o objetivo de unir pessoas para cobrar do poder público, em ato marcado para a quinta-feira, medidas de contenção da violência urbana na capital cearense. Porém, nas últimas 48 horas, a comunidade foi retirada do ar por pelo menos duas vezes, sem que a razão tenha sido explicitada pelos administradores do site. Segundo o procurador, o procedimento administrativo instaurado pelo Núcleo de Acompanhamento em Atividades Criminais (Naac), do Ministério Público Federal, pretende investigar e identificar, também, o usuário da rede que tenha praticado o possível crime de denunciação caluniosa. De acordo com uma das idealizadoras do grupo, a arquiteta Eliana Braga, a primeira página foi retirada do ar na madrugada da quarta-feira. Era de um grupo fechado que já estava com 21.800 membros. Outra página, desta vez de um grupo aberto, foi criada. Na quinta-feira, mais uma vez a página foi retirada do ar.  Atualmente está on-line uma página de evento, chamando as pessoas para uma manifestação que vai acontecer na quinta-feira, a partir das 15 horas, com concentração em frente ao Palácio da Abolição, na Avenida Barão de Studart. Analisando a política de padrões de comunidades da rede social, o procurador Márcio Andrade Torres constatou que apenas diante de denúncias sobre a veiculação de imagens ou mensagens gravemente ofensivas uma página pode ser retirada do ar naquele site. "Ao que tudo indica, alguém denunciou falsamente o grupo "Fortaleza Apavorada" ao Facebook, com o objetivo de paralisar as suas atividades", supõe Márcio Torres.

Nenhum comentário: