sábado, 22 de junho de 2013

MEIO ACADÊMICO DIZ QUE MOVIMENTO DE PROTESTO É IMPORTANTE, MAS NÃO SABE EM QUE VAI RESULTAR

Acadêmicos reunidos na sexta-feira, na Universidade de São Paulo (USP), destacaram a importância das manifestações que ocorrem em todo o País para demonstrar o anseio de participação política da sociedade brasileira. Eles disseram, porém, que não sabem ao certo em que esse movimento pode resultar. "Essas pessoas estão insatisfeitas pela forma como são representadas", afirmou o filósofo Renato Janine Ribeiro, um filopetista, professor de ética e filosofia política da USP. O que está acontecendo? Para ele, de alguma forma, o movimento é contra as instituições. "De tempos em tempos, a política precisa ser irrigada por uma injeção forte de vida, mesmo que essa vida não saiba como se expressa, mas para mostrar que política é um meio, e não um fim. Quando se fala em necessidade de participação política, não é aquela feita em moldes tradicionais", explicou. O cientista político petista José Álvaro Moisés,  responsável pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP, apontou como pano de fundo das mobilizações "um profundo mal-estar com a democracia existente no Brasil". Segundo Moisés, isso não nega a existência de um regime democrático, mas faz referência à qualidade da democracia brasileira. "Tivemos avanços extraordinários em termos de reconhecimento de direitos nas últimas décadas, mas, visivelmente, tem áreas em que a democracia funciona mal, e provavelmente o maior déficit é o da representação". O historiador em literatura brasileira Alfredo Bosi, professor aposentado da USP, também destacou a necessidade de repensar o modelo de participação política no País. Para ele, as manifestações expõe um problema vital, que é "como tornar viável uma democracia participativa, que me parece o ideal, e pela qual os grande problemas da cidade possam ser tratados com alguma racionalidade." declarou. Ou seja, o chamado "mundo acadêmico", quase todo ele petista, é óbvio que acha que o sistema político vigente não é representativo, e que é preciso achar um modelo de democracia direta. É o sonho de todo esquerdopata para a eternização no poder.

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