segunda-feira, 24 de junho de 2013

GOVERNO AMERICANO DE BARACK OBAMA FICA ENFURECIDO COM A FUGA DE ESPIÃO DELATOR

O presidente Barack Obama disse nesta segunda-feira que seu governo está buscando “todas as vias legais” para levar Edward Snowden ex-técnico da CIA, de volta aos Estados Unidos. Snowden admitiu ter sido o responsável pelo vazamento de informações sobre programas secretos de vigilância das comunicações de milhões de americanos pelo governo democrata de Obamada. As revelações feitas pelo homem de 29 anos que também prestou serviços para a Agência de Segurança Nacional (NSA), mostraram que o governo americano mantém ou tem a capacidade de manter cada cidadão do mundo sob constante vigilância. O caso aumentou a desconfiança em relação ao governo Obama, que já vinha sendo atingido por denúncias de perseguição à imprensa e a grupos conservadores. A busca por Snowden tira um pouco os holofotes do presidente Obama, um novo Nixon. O nerd que recentemente havia sido transferido para o Havaí para atuar como especialista em computação em uma unidade da NSA conseguiu reunir milhares de arquivos secretos antes de ir para Hong Kong, em meados de maio. Pouco antes de os jornais The Washington Post e The Guardian publicarem reportagens revelando que o governo americano recebe um inventário de todas as ligações telefônicas de clientes da Verizon, a maior operadora de celular do país, e recolhe dados de e-mails, informações de perfis sociais e conversas on-line de milhares de usuários de nove das maiores empresas de internet dos Estados Unidos. Na última semana, promotores federais acusaram Snowden de espionagem, furto e apropriação indevida de propriedade do governo. Também foi feita uma solicitação de prisão provisória a Hong Kong. Neste fim de semana, autoridades locais disseram que o americano viajou para Moscou. O curioso é que não foram registradas imagens de Snowden em Hong Kong nem em Moscou. Nesta segunda-feira, a expectativa era que o ex-técnico da CIA embarcasse em um vôo rumo a Havana, o que não ocorreu. A ausência levantou a possibilidade de que o governo russo o tenha detido, seja para considerar as demandas apresentadas por Washington para que ele seja enviado de volta aos Estados Unidos, ou para interrogá-lo por interesse próprio, afirmou o jornal The New York Times. A busca por Snowden dominou a entrevista coletiva do porta-voz da Casa Branca nesta segunda-feira. Jay Carney disse que os Estados Unidos acreditam que o ex-técnico continua na Rússia. E fez críticas ao governo chinês, ao reiterar que a avaliação do governo americano é que Hong Kong, região administrativa da China, deveria ter detido o americano e teve tempo de sobra para fazê-lo. “Vemos isso como um passo atrás nos esforços para construir uma confiança mútua”, disse. Ele acrescentou que “foi uma escolha deliberada libertar um fugitivo e isso inquestionavelmente tem um impacto negativo nas relações Estados Unidos-China”. “Se não podemos contar com eles para honrar sua responsabilidade legal de extradição, então isso é um problema”, concluiu. Na manhã desta segunda-feira, o chanceler equatoriano Ricardo Patiño disse que Snowden enviou um pedido de asilo que está sendo analisado. Na carta, o americano diz que está “sob risco de ser perseguido por agentes americanos”; diz temer por sua vida se voltar aos Estados Unidos e que dificilmente terá um julgamento justo “ou um tratamento humano” em território americano.

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