segunda-feira, 10 de junho de 2013

FINANCIAL TIMES DIZ QUE BANCO DOS BRICS PODE SER ESPINHA DORSAL QUE FALTAVA

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul caminham para, enfim, ter “alguma espinha dorsal”, afirma o professor brasileiro Marcos Troyjo, da Universidade de Columbia, no artigo “O Banco de Desenvolvimento dos Brics é mais do que bem-vindo”, publicado nesta segunda-feira pelo Financial Times. O Banco de Desenvolvimento dos Brics (BDB) seria, num primeiro momento, um fundo para garantir liquidez. De maneira simplificada: criado nos moldes previstos e caso alguma dessas economias entre em crise, a soma de todas as reservas internacionais (que hoje supera os US$ 5 trilhões) estará lá como espécie de caixa para segurar as pontas. O volume pode também ajudar outros países fora dos Brics – caso agrade aos interesses dos membros. Fala-se até em financiar projetos de economias menores, sobretudo na África. O BDB deve ganhar corpo mesmo em setembro, embora tenha sido anunciado com alarde em março. Uma reunião entre os cinco emergentes está programada para o mês, na Rússia, em São Petersburgo, paralelamente à cúpula do grupo das vinte maiores economias do mundo (G-20). Apesar de ser um fundo internacional, Troyjo, que dirige o centro de estudos BRICLab na Columbia, não vislumbra o BDB como concorrente do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou do Banco Mundial: “Muito pelo contrário, sua motivação é exercer um papel complementar ao das instituições de Washington”. O BDB, diz ele, mostrará para todo o mundo que a capacidade construtiva dos Brics é real.

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