domingo, 9 de junho de 2013

ESTATAL RUSSA MIRA INVESTIMENTOS EM ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL

Praticamente estagnado durante décadas, o setor de energia nuclear brasileiro pode sofrer uma guinada a partir dos próximos anos, com a construção de quatro a oito novas usinas, previstas no planejamento da Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas de Angra dos Reis. Antes mesmo de serem definidos o novo marco regulatório e as localizações das novas unidades, a estatal russa Rosatom já anuncia abertamente interesse em participar dos novos projetos. Os russos são responsáveis pelo pior desastre nuclear até hoje, o derretimento de uma usina nuclear em Chernobil. O vice-diretor da empresa russa, Kirill Komarov, se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, na quinta-feira, para tratar do assunto. Segundo Komarov, o governo brasileiro ainda não sinalizou quando retomará os projetos. "Apresentamos nossa visão de como a Rússia poderia participar. Foi muito positivo, amigável, o encontro. Reafirmamos que estamos aguardando o governo brasileiro decidir o rumo do setor", disse ele. A principal preocupação de Komarov foi demonstrar a flexibilidade das parcerias que a Rússia está disposta a realizar com o governo brasileiro. De acordo com o executivo, a Rosatom administra projetos que englobam o financiamento, a construção de usinas, o gerenciamento e a reutilização de combustíveis nucleares. A Rosatom tem investimentos fora da Rússia previstos em U$ 70 bilhões de dólares para os próximos 10 anos. Komarov refutou as críticas à indústria pós-acidente de Fukushima, no Japão, ocorrido em março de 2011. De acordo com ele, o acidente não influenciou o mercado, que continuou crescendo no mundo inteiro. “Os países não desistiram da energia nuclear. Isso é uma tendência importante. Países como China, Índia, África do Sul, Coréia do Sul, todos mantém planos. Esperamos que a América Latina também continuará a desenvolver esses objetivos”, relatou.

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