domingo, 2 de junho de 2013

ANA AMÉLIA LEMOS PODE REVISAR CANDIDATURA, ALARMADA COM O O MAU AMBIENTE POLÍTICO GAÚCHO

A senadora Ana Amélia Lemos teria confidenciado seu desejo de reavaliar as condições para a disputa ao governo do Rio Grande do Sul. Ela estaria impressionada com o ambiente de má disputa política existente no Estado, dominado por forte jogo sujo desenvolvido pelos adversários do PT.  A senadora não consegue perceber reação organizada das lideranças gaúchas diante da degradação do ambiente político no Estado. Na verdade, esta manifestação que ela faz circular sucede a do presidente de seu ex-empregador, a RBS, em poucos dias. Na solenidade de posse do IEL (Instituto de Estudos Liberais), Eduardo Sirotsky Melzer disse que o Rio Grande do Sul está "travado". Foi uma forma simbólica de dizer que nada mais anda no Estado, em função do pesado clima político, por causa de investigações policiais. Na verdade, isso encerra uma crítica ao atual governador, o peremptório petista Tarso Genro, que chegou ao cargo após detonar uma operação político-policial, a Operação Rodin, que colocou boa parte do mundo político gaúcho como sua refém. Com outras operações ele completou os movimentos para chegar ao governo do Estado praticamente sem disputa, com adversários plenamente assustados. Outra operação do gênero foi a Solidária, que apavorou o ex-senador petebista Sérgio Zambiasi. Os autos do inquérito continham não menos de 700 telefonemas dele. Uma operação contra o empresário Juarez Piccinini, sócio e amigo de Zambiasi, o fez compreender que tinha de sair do caminho e ainda hipotecar total apoio ao peremptório petista Tarso Genro, do qual se tornou um zumbi. Juarez Piccinini, assim como sua mulher e suas filhas médicas, foram presos, as casas e escritórios invadidos, computadores e documentos apreendidos. Até hoje as contas bancárias de Juarez Piccini e suas filhas estão bloqueadas. Recentemente, até um episódio como o desastre da boate assassina Kiss, em Santa Maria, passou a ser usado pelo governo do peremptório petista Tarso Genro para encurralar o PMDB do Rio Grande do Sul, embretando um dos seus principais personagens, o atual prefeito da cidade, Cezar Schirmer. Entretanto, o meio empresarial gaúcho, que aderiu ao PT na última década, se deu conta de que nada anda com o peremptório petista Tarso Genro porque, além de comandar um governo absolutamente desastrado sob todos os aspectos, ele se comporta como um taliban, contra os negócios. Então, o negócio é promover acordo diretamente com a presidente Dilma Rousseff, que já trabalhou para o Grupo RBS, e envolver-se com seu projeto de reeleição, no bojo de um amplo entendimento que prevê o afastamento do peremptório petista Tarso Genro do governo, conduzindo-o para o Senado, e assim produzindo o almejado "destravamento" do clima político-negocial gaúcho. "Travar" é uma expressão muito conhecida dos gaúchos. É largamente usada pelo meios drogados. Não é por acaso, já que o Rio Grande do Sul é tido como o Estado que mais consome drogas. Também é uma expressão muito ligada aos "cavalos" e corridas. Os animais eram, e ainda são, frequentemente, drogados. São famosos os casos de "partida" falsa de concorrentes, para provocar o "travamento" de cavalos inscritos no páreo que estão drogados. Nunca, na história do Rio Grande do Sul, negócios tão grandes, de mais de 200 bilhões de dólares, estiveram tão intimamente ligados à política e decisões políticas como agora. E envolve de tudo, da área dos grandes empreendimentos imobiliários ao lixo, da construção de aeroportos à expedição de licenças ambientais. É preciso um clima em que cessem as investigações politico-policiais. "Travamento" é isso.

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