quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sérgio Cabral ameaça não apoiar Dilma se PT tiver candidato próprio no Rio de Janeiro


Previsto para ser um momento de discussão sobre os palanques de 2014, o jantar realizado na noite da última terça-feira, por integrantes da cúpula do PMDB, no Palácio do Jaburu, em Brasília, serviu de palco para cobranças ao principal aliado no âmbito nacional, o PT, além de críticas sobre a atuação do governo na liberação de recursos para os Estados. O encontro foi promovido pelo vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, e contou com a presença dos governadores da legenda. A ausência da presidente Dilma Rousseff, que foi convidada, mas não compareceu, deixou integrantes do partido livres para as críticas. Logo no começo do evento, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, tomou a palavra e criticou a possível disputa com o PT ao governo do Estado, no próximo ano. Sérgio Cabral defende a candidatura única do seu vice, Luiz Fernando Pezão, mas poderá enfrentar o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Sérgio Cabral lembrou do apoio dado às candidaturas do ex-presidente Lula e da presidente Dilma. E que ele teria aberto as portas do Rio de Janeiro para os dois, esperando agora uma reciprocidade. Aos presentes, o governador disse que conversou nas últimas semanas com Lula e Dilma no Rio de Janeiro e que, dessa conversa, teria surgido a promessa de que até outubro uma decisão sobre o futuro de Lindbergh seria tomada. Segundo peemedebistas presentes, Cabral também disse que, se não tiver o apoio do PT, não descarta apoiar outra candidatura em âmbito nacional. “Cabral não vai aceitar que Dilma faça campanha de dia para o candidato dele e à noite para o adversário”, disse um peemedebista que participou do encontro. As ameaças no Rio de Janeiro também poderão ecoar em outros Estados, onde o PMDB quer emplacar candidato ao governo com ajuda do PT. Nessa lista estão Bahia e Ceará. Juntos, os três Estados têm delegados suficientes para mudar o cenário da convenção de julho de 2014, quando o PMDB oficializa, ou não, o apoio à reeleição de Dilma.

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