segunda-feira, 27 de maio de 2013

SÃO PAULO PREVÊ TER 50 MIL ALUNOS EM TEMPO INTEGRAL NA ESCOLA JÁ A PARTIR DE 2014

Depois de ter dificuldades no ano passado para expandir o novo modelo de tempo integral nas escolas estaduais, o governo de São Paulo conseguiu que mais 101 unidades assumissem o programa para 2014. Com as adesões, a modalidade vai chegar a 50 mil alunos em 170 unidades, mas AINDA longe da meta inicial, que era alcançar 300 escolas. Segundo a Secretaria da Educação, isso só deve ocorrer em 2015. A implementação depende de adesão de alunos, pais e professores. O modelo prevê a jornada de oito horas e meia no ensino fundamental e de nove horas e meia no médio. Os professores passam a ter dedicação exclusiva à escola, recebendo bonificação de 75% sobre o salário. Já os alunos, além do currículo tradicional, passam por matérias eletivas, que vão de prática de ciências à moda. Mais tempo na escola e dedicação exclusiva mostraram-se como barreiras para a expansão. No ensino médio, por exemplo, muitos alunos precisam trabalhar. Na outra ponta, professores recusam a dedicação exclusiva por terem dupla jornada em outras escolas (na maioria dos casos, escolas privadas). A rede estadual paulista tem hoje dois modelos de tempo integral. O primeiro, criado em 2006, no mandato anterior do governador Geraldo Alckmin (PSDB), foi imposto de uma vez em 500 escolas de ensino fundamental. Depois do registro de vários problemas, como falta de materiais e espaços, o Estado foi diminuindo o número de escolas e planeja abandoná-lo. No ano passado, 21 escolas migraram do modelo velho para o novo. Das 101 escolas que adotarão o programa no ano que vem, 36 vão fazer essa migração. A dedicação exclusiva do professor é apontada como o grande diferencial entre os modelos, porque evita a divisão entre as disciplinas tradicionais e o conteúdo diversificado. Também elimina as aulas vagas.

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