quarta-feira, 8 de maio de 2013

Presidente do PT diz que não trabalha com a hipótese de prisão de petistas


O presidente nacional do PT, o deputado estadual paulista Rui Falcão (ex-jornalista na revista Exame, da Editora Abril, e ex-militante do antigo POC - Partido Operário Comunista), afirmou nesta quarta-feira que "não trabalha com a hipótese" de prisão de nenhum dos petistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo do Mensalão do PT. Segundo Rui Falcão, o Supremo dará outra interpretação ao caso na análise dos recursos contra as condenações. "Não estamos trabalhando com essa hipótese de prisão dos condenados no Mensalão, porque acreditamos muito que, à luz dos embargos, haverá uma nova apreciação no processo. Como nós sustentamos desde o início, não se pode condenar ninguém por suposições e na ausência de provas", disse ele. Os 25 condenados recorreram ao próprio Supremo contra as penas, sendo que 11 estão condenados a penas em regime fechado. Destes, três são filiados ao PT: os corruptos e quadrilheiros José Dirceu e Delúbio Soares, e o peculatário e lavador de dinheiro João Paulo Cunha. Presidente do STF e relator do Mensalão do PT, o ministro Joaquim Barbosa pediu que o Ministério Público Federal se manifeste sobre os recursos. Ele tem dito que os questionamentos não podem mudar o desfecho do processo, tese rebatida pelos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Em um julgamento de quase cinco meses, o Supremo confirmou que houve um esquema de desvio de recursos públicos que, somados a empréstimos fraudulentos, abasteceu a compra de apoio político no Congresso durante os primeiros anos do governo Lula. Para Rui Falcão, como cabem recursos, ainda não há condenados: "Para nós, até o momento, não há nenhum condenado, porque os recursos não se esgotaram. Portanto, não há de se cogitar de prisão de ninguém".

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