sexta-feira, 3 de maio de 2013

Polícia Federal flagrou pedido de dinheiro para campanha do PCdoB do Rio Grande do Sul


A investigação da Polícia Federal que detectou a suposta existência de esquema de pagamento de propina em troca da liberação de licenças ambientais flagrou também indícios de repasse de dinheiro para a campanha eleitoral de 2012. Em interceptações telefônicas feitas com autorização judicial, Carlos Fernando Niedersberg (PCdoB), então diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), aparecia pedindo valores para a campanha a vereadora de Jussara Cony (PCdoB). O pedido foi dirigido a Giancarlo Tusi Pinto, diretor do Instituto Biosenso. O instituto, de propriedade de Berfran Rosado (PPS), é destacado na investigação da Polícia Federal como entidade por meio da qual ocorreria o pagamento de propina a agentes públicos visando à facilitação na obtenção de licenças ambientais em benefício de empresários. Berfran e Giancarlo, que estão presos, são definidos na investigação como "despachantes ambientais". Niedersberg também está preso. Durante a apuração, a Polícia Federal registrou o pedido de valores. Depois, monitorou os desdobramentos do assunto e verificou que houve a entrega de três parcelas de R$ 5 mil para Niedersberg. Não há confirmação de que o então presidente da Fepam tenha repassado os valores para a campanha da comunista Jussara Cony. A apuração ainda precisa ser aprofundada. Na decisão da Justiça Federal que decretou a prisão de 18 suspeitos, está registrado um trecho da investigação referente ao assunto da campanha: "Destaca a autoridade policial que foi em meio a essas negociações que os sócios do Instituto Biosenso compareceram com o numerário supostamente destinado à campanha eleitoral de Jussara Cony". As negociações citadas se referem ao fato de o instituto ter, segundo a investigação, forte atuação junto à Fepam em defesa de interesses privados na liberação de licenças.

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