quinta-feira, 16 de maio de 2013

Marina Silva aponta preconceito religioso contra deputado federal pastor Marco Feliciano


A ex-ministra Marina Silva se envolveu em uma polêmica nas redes sociais ao afirmar que o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que é pastor e preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, "está sendo criticado por ser evangélico e não por suas posições políticas equivocadas". E ela tem razão, é isso mesmo. Também evangélica, a provável candidata à Presidência em 2014 fez a afirmação em palestra na Universidade Católica de Pernambuco na terça-feira. A repercussão do caso na internet, nesta quarta-feira, obrigou a assessoria da ex-senadora a postar vídeo da palestra no Facebook, com o trecho em que ela se referia a Marco Feliciano. Agora a ambientaleira Marina Silva está sentindo na pele o que é ser patrulhada pela petralhada. Em nota, a assessoria da ex-senadora afirmou que "as declarações foram interpretadas equivocadamente por alguns órgãos da imprensa". "Marina Silva criticou o deputado Feliciano e, de forma didática, dissociou isto da opção religiosa dele", diz a nota, assinada pela Rede Sustentabilidade, partido que Marina tenta criar. "Minha fala foi tirada do contexto. Minha opinião sobre Feliciano continua a mesma, o considero despreparado para presidir a comissão. Mas o fato é que não se deve criticá-lo por ele professar uma religião, mas por suas opiniões e atitudes", explicou Marina Silva na mesma nota. Ou seja, ela ainda se mostrou favorável aos preconceituosos que agem contra o pastor. Horas antes, a ex-senadora havia interpretou as inúmeras postagens na rede como uma "orquestração" para prejudicá-la. Com dificuldades para criar a Rede de Sustentabilidade, um partido só para ela, a ex-petista Marina Silva conta com o apoio de evangélicos para atingir as cerca de 500 mil assinaturas necessárias para alcançar o seu objetivo. A Rede espera coletar entre 80 mil e 100 mil assinaturas nas igrejas evangélicas da Grande São Paulo. Até terça-feira, o seu agrupamento tinha ultrapassado 306 mil assinaturas. Mas, essas assinaturas terão que ser revisadas, e o número vai cair muito. O responsável pela articulação com o segmento evangélico é o presbítero Geraldo Malta, assessor do deputado Walter Feldman, que já anunciou a migração do PSDB para o novo partido. A experiência de Malta com religião e política não é uma novidade. Ele foi o responsável pela aproximação do tucano José Serra com os evangélicos nas campanhas pela prefeitura de São Paulo no ano passado e pela Presidência em 2010. Segundo Malta, já foram distribuídas mais de 80 mil fichas em diversas igrejas pentecostais e neopentecostais da capital. A meta da Rede é alcançar todas as assinaturas até 15 de junho. Foi criado uma espécie de "comitê evangélico da Rede", composto por Malta e pelos pastores Luciano Luna e Reinaldo Mota.

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