domingo, 26 de maio de 2013

Márcio Thomaz Bastos, o petista, faz um duro ataque ao Ministério Público, que já foi um grande parceiro do PT

Então… A Constituição que aí está é de 1988. Os petistas só chegaram ao poder em 2003. Durante, portanto, longos 15 anos, o País conviveu com o Ministério Público e suas, admito, não muito claras prerrogativas. O petista Márcio Thomaz Bastos, hoje advogado de mensaleiro, jamais levantou a voz. Ao contrário. Os petistas eram aliados de alguns setores radicalizados do MP, que passaram a atuar como correias de transmissão do partido. Muitas pessoas tiveram a vida quase destruída por essa atuação conjunta, em associação com a imprensa. Os que não se lembram da atuação do procurador Luiz Francisco (foto) devem fazer uma pesquisa na Internet. O PT jamais o criticou. Formavam uma equipe. O PT, justiça se faça aos fatos, não procurou confronto com o Ministério Público até explodir o caso do mensalão. Aí as coisas se complicaram. Aí o partido descobriu que era preciso fazer alguma coisa. E assim o encontramos agora, um fanático defensor da PEC 37. Leiam o que informa José Ernesto Credendio, na Folha Online
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O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos afirmou nesta sexta-feira (24) que o Ministério Público é seletivo ao abrir inquéritos criminais porque seus membros preferem casos com grande repercussão. “O objetivo do Ministério Público é selecionar casos, os que dão mídia, dão glória, saem no ‘Jornal Nacional’. Não querem amassar barro”, afirmou o advogado. Thomaz Bastos participou de seminário realizado pela Polícia Federal para discutir a PEC 37, proposta de emenda constitucional que impede promotores de abrir inquéritos criminais. A PF é um das principais defensoras da proposta. O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, participou do evento. Na avaliação do ex-ministro, a PEC é justamente uma reação ao “número absurdo de procedimentos de investigação criminal que surgiram no Brasil”. De acordo com ele, os promotores abrem uma investigação “que começa dos culpados e vai adiante até que se consegue comprovar suficientemente” um crime. Em um discurso duro, Thomaz Bastos ainda declarou que “chamar isso de PEC da Impunidade [nome dado aos grupos contrários à proposta] é jogo retórico, se não for uma bobagem". Por Reinaldo Azevedo

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