domingo, 12 de maio de 2013

Líder do PMDB revela fissuras no apoio do Partido a Dilma


Há evidentes ruídos entre alguns líderes nacionais do PMDB e a presidente Dilma Roussef. O deputado federal Eduardo Cunha estava no jantar da última quarta-feira, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer. Dilma Rousseff compareceu ao jantar para receber apoio dos prefeitos do PMDB no Rio Grande do Sul. Eduardo Cunha foi ostensivamente desconhecido pela presidente, depois de ter fustigado a MP dos Portos e declarado em entrevista que o governo Dilma Rousseff é "avesso à política e tem o discurso da tecnocracia". Resultado: se Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não se retratar, Dilma irá se afastar do PMDB fluminense, dizer adeus ao relacionamento político com o governador Sergio Cabral e atuar firmemente pela eleição do senador Lindbergh Farias (PT) para o governo do Estado do Rio de Janeiro. O vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Henrique Alves igualmente serão informados da mudança de postura presidencial frente ao partido cujo líder parlamentar é o situacionista mais oposicionista com quem ela já teve de conviver politicamente. Dilma deixará de uma vez de considerar a candidatura ao governo do Rio de Janeiro do vice-governador Luiz Fernando Pezão, chamará o governador Sergio Cabral para uma conversa definitiva e passará, no tempo certo, a tratar, sem os melindres de quem estará em dois palanques ao mesmo tempo, o senador Lindbergh Farias como seu candidato a governador no Estado. Segundo as pesquisas de opinião, Lindbergh, ao lado do ex-governador do Rio de Janeiro, hoje deputado federal Anthony Garotinho (PR), é um dos favoritos a ganhar a eleição, enquanto Pezão segura a lanterna em todos os levantamentos. Dilma, como era de se esperar, ficou decepcionada com a maneira como Cunha operou pelo desfiguramento da MP dos Portos, na noite da última quarta-feira no plenário da Câmara, e surpreendeu-se, negativamente, com os termos que o líder do partido usou para se referir ao governo na entrevista.

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