terça-feira, 21 de maio de 2013

Governo deve escolher até agosto o modelo de acionamento automático das termelétricas


Nos próximos dois meses, o governo vai definir um modelo computadorizado para coordenar o funcionamento das usinas termelétricas do País, adiantou nesta terça-feira o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, na abertura do 10º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico. O objetivo é que o acionamento das usinas passe a ser automatizado pelo programa Newave, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Durante o período, serão testados dois modelos. Atualmente, a ordem de entrada em funcionamento das usinas termelétricas é definida pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). De acordo com o secretário executivo, o modelo computadorizado deverá ligar as usinas com base na chamada ordem de mérito, que considera a ordem de acionamento das usinas da mais barata para a mais cara. A escolha deve ser feita até agosto. O modelo computacional será incorporado ao sistema de cálculo do preço da energia de curto prazo, informou Zimmermann, o que vai aperfeiçoar a definição do custo marginal de operação, alinhando a percepção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo planejamento energético, e do ONS, que gerencia a operação. Dois modelos estão em estudo no governo, o SAR (Superfície de Aversão a Risco) e o Cvar (Valor em Risco Condicional, do inglês Conditional Value at Risk), e eles estarão prontos para ser testados a partir de 31 de maio. Entre junho e julho serão feitos os testes, e o resultado será encaminhado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em agosto, para os procedimentos que permitirão o funcionamento. "A partir do momento em que você começa a usar o modelo Newave já colocando isso no preço, você vai ter uma ferramenta mais eficaz, tanto no planejamento, que vai dar um sinal econômico para a expansão, como para o operador evitar que tenha proposição de despacho (acionamento das usinas) fora da ordem de mérito para o CMSE", explicou Zimmermann.

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