terça-feira, 7 de maio de 2013

Ex-primeiro-ministro que marcou a Itália do pós-guerra morre em Roma


Giulio Andreotti, dirigente da Democracia Cristã e símbolo do poder na Itália, sete vezes primeiro-ministro e 20 vezes ministros, morreu nesta segunda-feira, aos 94 anos, em Roma, e foi homenageado como um dos políticos mais brilhantes e controversos dos 70 anos na história italiana.  "Com ele, desaparece um dos principais atores de 70 anos de vida nacional", declarou o chefe do governo, Enrico Letta. O presidente da República, o ex-comunista Giorgio Napolitano, adversário político histórico de Andreotti, enalteceu o importante papel que ele teve para as instituições nacionais e internacionais, em particular para a construção da Europa Unida. Segundo a secretária pessoal de longa data, Patrizia Chilelli, não serão realizados funerais de Estado nem haverá uma capela ardente. Andreotti, que morreu em casa, no coração de Roma, terá um funeral discreto nesta terça-feira, na igreja de São Giovanni dei Fiorentini, a poucos metros de onde morava e onde assistia às missas todos os dias. A morte do político, imortalizado no filme O Divo (2008), gerou inúmeras reações em todo o país e, inclusive, as autoridades esportivas decretaram um minuto de silêncio em todos os eventos que serão realizados esta semana.O jornal L'Osservatore Romano elogiou sua "inteligência e ironia" e, principalmente, o respeito "pelas instituições e seu sentido de Estado". Nascido em Roma em 14 de janeiro de 1919, Andreotti, senador vitalício, recebeu muitos elogios e homenagens há quatro anos, quando completou 90 anos.

Nenhum comentário: