domingo, 28 de abril de 2013

Ustra não aceita depor em comissão


O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, 80 anos, recusou convite para prestar depoimento à Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo, que investiga crimes cometidos na capital paulista pela ditadura militar (1964-1985). O convite havia sido enviado a sua residência, em Brasília. Como não houve resposta, um assessor do gabinete do vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da comissão, entrou em contato por telefone com o coronel reformado. "Ele atendeu muito educadamente, mas disse que não iria aceitar nosso convite. Foi educado no trato e falou que a decisão dele era de não atender nosso convite porque tudo que ele tinha para falar ele já falou e está contido no livro que ele escreveu", disse Natalini. Ustra é autor dos livros "Rompendo o Silêncio" (1987) e "A Verdade Sufocada" (2006), em que conta sua versão sobre os anos do regime militar e os crimes cometidos pela esquerda na época. O presidente da comissão, entretanto, não se contentou com a resposta e já entrou em contato com a Comissão Nacional da Verdade (CNV), que tem o poder de convocação, para que Ustra seja convocado para depor em uma sessão conjunta dos comitês. Ele comandou um DOI-Codi na maior cidade do Brasil, e a nossa comissão insiste que ele deveria prestar um depoimento, afirmou Natalini.

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