quarta-feira, 3 de abril de 2013

Série de fragilidades levou Conduto Álvaro Chaves à ruína


Uma série de fragilidades levou o Conduto Forçado Álvaro Chaves à ruína na chuvarada de 20 de fevereiro deste ano, em Porto Alegrre. Citado pelo prefeito José Fortunati como a maior obra de drenagem da história de Porto Alegre, o conduto cedeu devido a problemas que passam pela sua concepção, pela elaboração do projeto, execução, fiscalização, gestão e, claro, pela chuva de 69 milímetros em uma hora na região entre os bairros Moinhos de Vento e Auxiliadora. A conclusão está no parecer técnico confeccionado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) e divulgado nesta quarta-feira. Ou seja, pode ser tudo, ou pode ser nada. É o tipo de parecer que podia ser escrito por qualquer motorista de táxi. Os estudos foram feitos por uma comissão de "notáveis" na área, liderada pelo engenheiro André Luiz Lopes da Silveira. Segundo ele, o desabamento foi o resultado de uma conjunção de fatores, como ocorre, também, em acidentes aéreos. Ah..... é mesmo? Então tá...... quer dizer que os caras fazem cinco, seis anos de faculdade, para construir obras com esse grau de incerteza? O nome disso cheira a corporativismo. "Foi uma chuva rara, mas acusá-la de ser a única causadora da ruptura não é correto. A chuva não era para destruir o conduto", apontou. Ora, por favor, o conduto foi feito para suportar aquela chuvarada, que nem foi das maiores a afetar Porto Alegre. O Crea também criticou o DEP - Departamento de Esgotos Pluviais. Conforme Silveira, o órgão não tem engenheiros em número suficiente para suprir suas necessidades. Que necessidades são essas? O DEP não constrói um bueiro sequer, o DEP não elabora um projeto sequer.... o DEP só serve, teoricamente, para atestar cumprimento de etapas de obras e liberar pagamentos. E se sabe como faz isso, que o diga o processo que tramita no Foro Central, com provas de desvio de quase 50% do valor da obra de pavimentação de rua.

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