Ao
mesmo tempo em que diz aceitar uma auditoria no processo eleitoral, Nicolás
Maduro, por intermédio das milícias bolivarianas, convocou um ato público para
esta tarde para proclamar-se presidente eleito da Venezuela. O mais espantoso:
a convocação é feita por intermédio das TVs e das rádios sob o controle do
governo. Que se note: Henrique Capriles, o candidato da oposição, não está pedindo
uma simples auditoria, o que poderia ser feito por amostragem, ou a revisão
desta ou daquela seções eleitorais. Ele quer a recontagem total dos votos. O
comando de sua campanha recebeu neste domingo mais de três mil denúncias de
fraude em todo o país. Com 99% da apuração concluída, Maduro tem, oficialmente,
50,66% dos votos, contra 49,07% de seu opositor. O resultado surpreendeu e
assustou o chavismo. As pesquisas mais pessimistas para os bolivarianos
apontavam uma diferença superior a sete pontos. Fosse a Venezuela uma
democracia, em que todas as forças políticas gozassem de direitos iguais, o
chavismo já teria sido varrido do poder há muito tempo.
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