Dois dos potenciais
candidatos à Presidência no próximo ano, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o
senador Aécio Neves (PSDB) se uniram nesta terça-feira para tentar barrar a
aprovação do projeto que inibe a criação de partidos no país. A votação do
projeto foi concluída na Câmara nesta terça-feira, mas ele ainda precisa passar
pelo Senado para entrar em vigor. A proposta tira das legendas novatas
possibilidade de amplo acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão,
mecanismos vitais para o funcionamento financeiro e eleitoral das siglas. Liderados
por Marina Silva, que tenta viabilizar a Rede Sustentabilidade, senadores
contrários ao projeto lançaram um movimento suprapartidário para tentar barrar
a aprovação da proposta no Senado. Eles defendem que as regras entrem em vigor
somente depois das eleições de 2014 e que o projeto não seja analisado com
urgência pelos senadores. Marina Silva atribui à presidente Dilma Rousseff e ao
Palácio do Planalto as articulações para a aprovação da proposta. Sem esconder
a mágoa com o PT, partido ao qual foi filiada, a ex-senadora disse que a
presidente tem a máquina do governo a seu favor, por isso não deveria encabeçar
o movimento pela aprovação do texto. "A presidente não precisa disso. Ela
tem um partido forte, tem ao seu lado quase todos os outros partidos, 39 ministérios,
o PAC, o Bolsa Família, o José Sarney e o Renan Calheiros. Não sei porque ser
contra 30 segundos na TV de uma força política que está começando agora. Talvez
eles saibam de coisas que não sabemos", disparou. Além de Marina Silva, o
movimento é integrado por Aécio Neves e representantes do PSB, PMDB, PDT e
PSDB. O projeto prevê que novas siglas ficarão sem amplo acesso ao fundo
partidário e ao tempo de televisão no horário eleitoral.
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