quarta-feira, 3 de abril de 2013

Justiça de Santa Maria torna oito denunciados em réus pelo incêndio da boate assassina Kiss


O juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria, aceitou nesta quarta-feira a denúncia do Ministério Público contra oito envolvidos no incêndio que matou 241 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria. "Eles agora passarão a figurar como réus em processo criminal", informou o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. O magistrado também concluiu que o juízo competente para análise do fato é a Vara do Tribunal do Júri de Santa Maria. Na terça-feira, o Ministério Público do Rio Grande do Sul apresentou denúncia contra oito pessoas pela tragédia na boate assassina Kiss, que aconteceu na madrugada de 27 de janeiro. Os proprietários da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, que tiveram prisão preventiva decretada no mês passado, foram acusados de homicídio doloso qualificado. Também foram denunciados, por fraude processual, os bombeiros Gerson da Rosa Pereira e Renan Severo Berleze. Segundo a denúncia do Ministério Público, os integrantes do Corpo de Bombeiros praticaram crime de fraude processual ao encaminhar à Polícia Civil documentos que não constavam originalmente no Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) da boate assassina Kiss e que foram obtidos e autenticados após a tragédia. Já o ex-sócio da boate Kiss, Elton Cristiano Uroda e Volmir Astor Panzer, funcionário do pai de Elissandro Spohr, Eliseo Jorge Spohr, responderão por falso testemunho. A defesa dos acusados tem agora o prazo de 10 dias para se manifestar.

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