terça-feira, 16 de abril de 2013

Índios deixam plenário da Câmara e negociam com presidente


Após apelo do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), os índios que ocuparam o plenário da Casa no final da tarde desta terça-feira deixaram o local dentro do prazo estipulado pelo presidente, de dez minutos. Depois, os índios de cidade fizeram um simulacro ritual de dança no Salão Verde, da Câmara, em que pediram "força aos deuses". O presidente Henrique Alves se reuniu com dez lideranças indígenas e alguns líderes partidários para buscar uma saída para a reivindicação dos índios, que protestavam contra a criação de uma comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere ao Congresso Nacional a competência de demarcar terras indígenas e quilombolas. A pedido de Henrique Alves, os líderes partidários concordaram em suspender temporariamente a indicação dos nomes para compor a comissão especial. Os índios querem a "revogação" total da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que dá ao Congresso Nacional poderes para a demarcação de terras indígenas. E ninguém disse a essa gente que não há possibilidade, no Estado Democrático de Direito, de uma PEC ser "revogada", a não ser pelo Plenário do Congresso. "Aqui enfrentamos a ditadura militar. E quem quer ser respeitado tem que se dar o respeito", disse Henrique Eduardo Alves. O deputado lembrou que a Câmara sempre foi a voz do povo, mas enfatizou que, como tem a responsabilidade de presidir a Casa, tem o dever de lutar para que ela seja respeitada. “O branco não está nos respeitando; está nos matando e temos que elaborar um documento para entregarmos à presidenta Dilma para que ela nos respeite”, declarou o cacique Raoni Metuktire, líder caiapó da Amazônia, durante os protestos pela "revogação imediata" da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00. Na avaliação do movimento indígena, a iniciativa, se aprovada, vai inviabilizar, ou, no mínimo, retardar a demarcação de novas reservas. Os índios também apontam como contrárias aos seus interesses mais duas iniciativas parlamentares: o Projeto de Lei (PL) 1.610 , de 1996, que aprova a exploração de recursos minerais em terras indígenas, e a PEC 237, deste ano, que torna possível a concessão de terras indígenas a produtores rurais. Os índios, no Brasil, são massa de manhobra do CIMI (Conselho Indigenista Missionário, da Igreja Católica, formado por padres fundamentalistas e marxistas) e de ONGs internacionais, decididas a liquidar com o aumento da produção agrícola no Brasil. Os índios foram à Câmara dos Deputados participar da audiência pública promovida pela Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, durante a qual foi aprovado o relatório da comissão externa criada para acompanhar a situação dos cerca de 170 índios guaranis-kaiowás da Aldeia Pyelito Kue, em Iguatemi, em Mato Grosso do Sul, que, no ano passado, divulgaram uma carta equivocadamente interpretada como ameaça de suicídio coletivo. Durante o evento, os índios também criticaram iniciativas do Poder Executivo como a publicação do Decreto 7.957, de março deste ano; a Portaria 303, da Advocacia-Geral da União (AGU), e a Portaria Interministerial 419/11. “Infelizmente, as críticas não são apenas para os partidos políticos que já conhecemos por não gostar dos índios. Os que dizem que gostam é que estão minando, aprovando PECs e requerimentos contrários ao nosso povo. Temos nos sentido, nos últimos anos, como os maiores inimigos do País”, disse Neguinho Truká, de Pernambuco. “Este governo está mandando um recado, não há espaço para os povos indígenas dentro desse governo, dentro desse projeto de nação. Está bem claro para nós que essas PECs, essas portarias, são uma sentença de morte. Tudo isso, no futuro, vai se refletir no nosso povo”, acrescentou Rildo Kaigang. Os índios estãqo devidamente amestrados, doutrinados, pelo marxismo da Igreja Católica e do onguismo internacional.

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