terça-feira, 9 de abril de 2013

Haitiano é detido no Acre com seis passaportes no sapato


Um haitiano foi detido com  seis passaportes no sapato e levado  para a Delegacia da Polícia Rodoviária do Acre em Epitaciolândia. Os passaportes eram transportados de Brasiléia para Rio Branco. O imigrante prestou depoimento no final da tarde de segunda-feira foi liberado, pois não estava com nenhum dos donos dos passaportes. Agentes da Polícia Rodoviária Federal explicaram que a simples posse de passaportes não indica a ação de coiotes (agenciadores de imigrantes ilegais), traficantes de pessoas, ou qualquer outro tipo de crime. A libertação do jovem  haitiano não significa, entretanto, que as investigações serão paralisadas. Os agentes da Polícia Rodoviária Federal explicaram que, após o depoimento, o rapaz continuará sob a investigação da Polícia Rodoviária Federal. Tanto Brasiléia quanto Epitaciolândia, cidades próximas, fazem fronteira com a Bolívia e estão na rota dos imigrantes ilegais para o Brasil. Na semana passada, a Polícia Federal prendeu no Aeroporto Internacional de Rio Branco Plácido de Castro o haitiano Inocente Olibrice. Ele confirmou à Polícia Federal que cobrava 500 euros para levar um menor de 14 anos à Guiana Francesa. O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse que a prisão de outros coiotes é apenas uma questão de tempo. “Vão aparecer outros imigrantes possivelmente envolvidos com tráfico humano, além de drogas, armas e contrabando”, disse Mourão. Segundo Mourão, quando há grandes movimentos migratórios como o que acontece no Estado, esses crimes “fazem parte do bolo de pessoas que entram ilegalmente no País sem qualquer controle”. Ele destacou que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estão intensificando as investigações sobre os imigrantes do Haiti e, também, do Senegal, de Bangladesh, da Nigéria e da República Dominicana. Todos eles, estão abrigados em Brasiléia. O representante do governo estadual na cidade, que faz limite com a boliviana Cobija, Damião Borges, confirmou as investigações da Polícia Federal na região para identificar possíveis coiotes ou traficantes de drogas. Outro problema é a presença de bebida alcoólica no abrigo que tem 1.300 imigrantes.

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