quarta-feira, 3 de abril de 2013

Governo insiste em falta de médicos no País


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, voltou a afirmar nesta quarta-feira que faltam médicos no País. Segundo ele, a taxa de profissionais para cada mil habitantes, no Brasil, chega a 1,8. Na Argentina, esse índice é 3,2; em Portugal, 3,9 e na Espanha, 4. Na terça-feira, entidades médicas rebateram o argumento sustentado pelo governo de que faltam profissionais da área no País. Durante ato no Congresso Nacional, eles cobraram o que chamam de política de interiorização da saúde pública para que haja uma redistribuição dos médicos já em atuação. Nesta quarta-feira, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, Padilha defendeu as medidas anunciadas pela pasta, em parceria com o Ministério da Educação, que incluem o estímulo à entrada, no sistema de saúde brasileiro, de médicos com formação no Exterior e a abertura de vagas de cursos de medicina em locais onde há carência de profissionais. “Não é verdade que não faltam médicos no Brasil”, disse. “O Brasil tem uma quantidade que está aquém de outros sistemas nacionais públicos”, ressaltou o ministro. Segundo ele, 25,9% dos médicos que atendem a população norte-americana, por exemplo, não são formados nos Estados Unidos. Na Inglaterra, o índice chega a 37%; na Austrália, 22,8%; no Canadá, 17,9%; e no Brasil, 1,8%. “Querer dizer que esse debate pode significar uma queda de qualidade não é compatível ao que acontece em outros países do mundo. Se queremos oferecer saúde pública universal gratuita, temos que ampliar o patamar de médicos e aumentar vagas", disse ele.

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