O governador Sérgio
Cabral defendeu na sexta-feira a concessão do Estádio Jornalista Mário Filho, o
Maracanã, à iniciativa privada e a legalidade do processo licitatório. Ele
argumentou que o Ministério Público questionou o mérito da licitação e não a
legalidade, ao pedir a suspensão do processo na última quarta-feira. A Justiça
Estadual chegou a decidir, naquele dia, em caráter liminar, a suspensão do
processo a pedido do Ministério Público, entre outros motivos devido à
participação da IMX, que foi responsável pelo estudo de viabilidade da
concessão e que, portanto, teria vantagens. O governo fluminense só conseguiu
reverter a liminar à noite. "O promotor entrou no mérito e não na
legalidade, mas é um direito dele. Quando entra no mérito, não cabe ao
Ministério Público. Ele tem um papel com a legalidade. Mas é um direito dele, e
cabe à Justiça julgar se ele tem razão ou não", disse Sérgio Cabral. O
governador defendeu que o estádio deve ser administrado pela iniciativa
privada, dando como exemplos o que ocorre no futebol europeu e no basquete
profissional dos Estados Unidos. Discordando do questionamento do Ministério
Público de que haveria prejuízo à população com a entrega do estádio à
iniciativa privada depois de investimentos de mais de R$ 1 bilhão de recursos
públicos, o governador informou que a obra ainda vai consumir mais recursos e
que a licitação exige investimento de R$ 600 milhões da concessionária que
administrará o Maracanã.
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