quinta-feira, 18 de abril de 2013

General Elito diz que Abin não monitora ninguém


O ministro general José Elito Siqueira, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira, em depoimento no Senado, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não monitora nem grampeia ninguém, mas deixou no ar que outros órgãos envolvidos com a segurança, como a Polícia Federal, a Aeronáutica, o Exército e a Marinha, vigiam e fazem interceptações telefônicas e de comunicações. Elito compareceu a uma sessão conjunta das Comissões Mista de Inteligência e de Fiscalização e Controle e do Trabalho da Câmara para explicar evidências de que trabalhadores do Porto de Suape, em Pernambuco, além de outros portos, ligados à Força Sindical, teriam sido monitorados pela Abin. "A Abin determinou a infiltração de agentes em assembleias de trabalhadores?", indagou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Elito respondeu: "A existência do sistema de inteligência (Abin) não altera as competências de outros órgãos. O que a Polícia Federal, Marinha, Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Exército, Aeronáutica e outros fazem não é feito pela estrutura de inteligência. O que a Polícia Federal faz, ela continua fazendo. O que o Exército faz, ele continua fazendo". Segundo Elito, a Abin atua apenas na inteligência de prevenção, com centros de trabalho em todos os Estados e no Distrito Federal. Disse ainda que de seu sistema participam 15 ministérios, todos com assentos nas salas da Abin, entre eles os Ministérios da Justiça, Fazenda, Agricultura e Saúde. Para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), no depoimento aos senadores e deputados o general mostrou que o governo teve de recuar na vigilância aos trabalhadores portuários.

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