terça-feira, 9 de abril de 2013

Deputados cobram documentos do estádio do Engenhão à prefeitura


Após visita ao Engenhão, uma comitiva de deputados federais cobrou nesta segunda-feira a liberação dos documentos do estádio por parte da prefeitura do Rio de Janeiro. Preocupados com a interdição do local, os deputados se disseram espantados quanto à falta de informações sobre a arena e apontaram novos problemas na estrutura inaugurada há pouco mais de cinco anos. "É um absurdo que um estádio que não tem nem seis anos de idade, que custou seis vezes o orçamento inicial e que foi feito com dinheiro público, tenha tantos problemas, incluindo este tão grave na cobertura", declarou o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), presidente da Comissão Externa do Legado da Copa e da Olimpíada, após inspeção na estrutura. Ele se mostrou preocupado, principalmente, com a falta de informações sobre o Engenhão. De acordo com o deputado, nem o Botafogo tinha dados sobre a situação da cobertura. "Outra coisa absurda é que o Botafogo não teve acesso a este laudo que apontou a necessidade de interdição. O que me assusta é que o Botafogo está tão desinformado quanto nós", comentou. Por essa razão, o presidente da comissão vai encaminhar à prefeitura do Rio de Janeiro um requerimento para ter acesso a toda a documentação relacionada ao estádio, desde o projeto inicial até os orçamentos e laudos elaborados nestes últimos seis anos. Está incluído nesta lista o documento que apontou necessidade de interdição. Segundo o laudo, ventos de até 60 quilômetros por hora poderiam causar colapso da cobertura. O presidente da comissão enumerou outros problemas além da falha na cobertura, que causou a interdição por tempo indeterminado da arena há duas semanas. Segundo Molon, os geradores não têm capacidade para suportar queda de energia, há infiltrações na estrutura e falha na distribuição de água para andares superiores do estádio.

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