quinta-feira, 18 de abril de 2013

Comissão da Verdade do Rio de Janeiro vai investigar mortes de Anísio Teixeira, Stuart Angel e Rubens Paiva


A Comissão Estadual da Verdade fez nesta quarta-feira sua primeira reunião em que definiu a sua linha de trabalho. De acordo com o presidente da comissão fluminense, Wadih Damous, quatro temas serão abordados: mortos e desaparecidos, mecanismos de repressão, casas clandestinas de tortura e casos emblemáticos. “Primeiramente, o item mortos e desaparecidos, que aliás é a razão de ser de qualquer comissão da verdade, no sentido de dar satisfação à sociedade, aos parentes, sobre o que aconteceu com essas pessoas. Se foram mortas, onde foram enterradas? Se foram torturadas, quem as torturou? Se foram assassinadas, quem as assassinou?” Entre os principais casos a serem tratados estão o da Casa da Morte, aparelho clandestino de tortura em Petrópolis, e as mortes do engenheiro e político Rubens Paiva, do militante Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel, e do educador Anísio Teixeira. O secretário de Educação, Ciência e Tecnologia de Niterói, Waldeck Carneiro, protocolou no início da reunião um pedido para que se priorize a investigação da morte de Anísio Teixeira, ocorrida em 1971 e ainda sem explicação. Outro caso a ser investigado pela CEV é o da carta-bomba enviada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 1980, que matou a secretária do presidente da entidade na época, dona Lyda Monteiro. Ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, informou que a comissão vai ser instalada na sede da entidade e seu gabinete vai funcionar na mesma sala onde ocorreu a explosão.

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