terça-feira, 9 de abril de 2013

Aposta do PSDB para segundo turno é manter liderança no Sudeste e outras candidaturas dividirem o Nordeste.


O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), entrega no mês que vem o comando do partido ao presidenciável Aécio Neves (MG). Para Sérgio Guerra, ser presidente do PSDB e, ao mesmo tempo, candidato do partido ao Planalto, no ano que vem, ajudará o senador mineiro a tornar-se mais conhecido nacionalmente e reforçará os laços dele com a militância tucana. “Aécio chegará à eleição mais conhecido”, disse o deputado. Apesar dos altos índices de aprovação pessoal e de governo da presidente Dilma Rousseff e de uma confortável dianteira da petista nas pesquisas de intenção de voto, Sérgio Guerra acredita que a próxima eleição será diferente da anterior. A economia já não tem o mesmo desempenho, a inflação é uma ameaça, o emprego declina e as obras prometidas não saíram do papel. Para aproveitar esse cenário, é fundamental a unidade partidária: “Se não tivermos unidade em São Paulo, não seremos beneficiados pela divisão que as candidaturas de Eduardo Campos e Marina Silva provocarão no Nordeste”, comentou ele. Responde ele à pergunta se o  PSDB corre o risco de repetir 2002, 2006 e 2010 e entrar na eleição presidencial sem unidade em torno de uma candidatura própria: "Não dá para olhar para a frente com a visão da última eleição. São mais de 10 anos de governo do PT, notória incapacidade gerencial, insatisfação crescente de setores sociais relevantes e taxas de inflação preocupantes, além de problemas no câmbio. Questões gerais para as quais o governo atual não dá resposta". Como ele vê o fato de Lula ter sido eleito, reeleito, e ainda elegido Dilma como sucessora? Sérgio Guerra responde: "São situações diferentes. As taxas de crescimento eram importantes, a inflação estava sob controle e os investimentos eram anunciados. Hoje, o quadro econômico não tem, de forma alguma, semelhanças com as que tinha naquele período. O ambiente hoje é de mera protelação. Dilma é presidente, sofre críticas da oposição e de todos. Ela tem que se expor e explicar as obras que até agora não foram feitas. Nas últimas eleições, o PSDB não valorizou como deveria o seu legado. Isso nos custou caro. O partido, em vez de valorizar o governo Fernando Henrique e a sua experiência governamental, perdeu-se ao investir na tese de que o nosso candidato era o melhor para dar continuidade ao governo Lula. Foi a anulação do nosso valor enquanto partido". O que muda para a eleição do ano que vem? Diz Sérgio Guerra: "Essa eleição começa diferente. A base do governo está fraturada. As eleições brasileiras vão estar equilibradas até chegar ao Nordeste, onde o PT normalmente mostrava sua força. Agora, há um provável candidato do Nordeste (Eduardo Campos, governador de Pernambuco) que, seguramente, divide o eleitorado. Ele e Marina Silva são candidaturas que, provavelmente, começarão com 15% ou mais de intenção de voto".

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