domingo, 28 de abril de 2013

América Latina terá 1,7 milhão de novos casos de câncer em 2030


A América Latina corre o risco de perder o controle da crescente epidemia de câncer, e de quebrar seu sistema de saúde com os custos da doença. É o que aponta um relatório publicado em uma edição especial do periódico britânico The Lancet Oncology, lançada na sexta-feira durante a conferência do Grupo de Cooperação em Oncologia da América Latina, em São Paulo. Estima-se que a incidência anual de novos casos de câncer na América Latina aumente em 33% (para cerca de 1,68 milhão de novos casos) em 2020. Atualmente são cerca de 1,3 milhão de casos. "O problema será crítico para a sociedade, para o governo e terá custos provavelmente exorbitantes", diz o oncologista Carlos Barrios, diretor do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Em 2030, os pesquisadores estimam que, além do 1,7 milhão de novos casos que serão diagnosticados na América Latina, o câncer também causará mais de 1 milhão de mortes. "Hoje, o câncer é a segunda maior causa de morte. No futuro, ele será a principal causa. Na América Latina, a doença é muito mais letal do que nos Estados Unidos e na Europa", diz Paul Goss, professor de medicina da Universidade Harvard e coordenador do levantamento. Mesmo com uma incidência menor de casos da doença, quando comparada aos países desenvolvidos, na América Latina ainda se morre mais da doença. São 13 mortes em cada 22 casos diagnosticados; nos Estados Unidos, o número de mortes é de 13 para cada 37 casos; na Europa, são 13 mortes para 30 casos.

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