domingo, 24 de março de 2013

Prefeitura de Mogi das Cruzes é contra projeto de usina de lixo


A prefeitura de Mogi das Cruzes se posicionou na última quarta-feira contrária ao funcionamento de uma usina de lixo particular que a empresa Energia Ambiental S/A pretende instalar no Taboão. O projeto do “Parque de Reciclagem Energética Alto Tietê” é apadrinhado pelo ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Jorge Abissamra, e foi protocolado na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em meados do ano passado. A proposta não prevê restrição de área de abrangência, o que pode transformar o Taboão da Serra em um enorme ponto de recebimento de milhares de toneladas de lixo de diversas regiões do Estado, essa é a acusação genérica contra o empreendimento. A administração municipal considera que tal empreendimento e seus diversos impactos de vizinhança podem colocar em risco o futuro do bairro com vocação industrial. O “Parque de Reciclagem Energética Alto Tietê”, projetado para ser instalado em uma área de mais de 100 mil metros quadrados, onde funcionou a antiga fábrica de refrigerantes Milani,  terá capacidade para realizar tratamento de 500 toneladas de lixo por dia. Caso haja demanda, novos módulos do mesmo tamanho poderão ser montados. Pedro Campos, ex-secretário da extinta Associação dos Municípios do Alto Tietê (AMAT), que forneceu consultoria para a Energia Ambiental na fase de elaboração do projeto, diz que a usina deverá receber os resíduos domiciliares a preço mais acessível do que os aterros sanitários (cerca de 80% mais barato) e qualquer prefeitura que considere a proposta economicamente viável poderá ser cliente do empreendimento, independentemente do raio de abrangência. Na prática isso indica que Mogi das Cruzes poderá começar a receber lixo da capital São Paulo e de outras cidades da Região Metropolitana, ou até mesmo de pontos mais distantes, como o Vale do Paraíba e o Litoral.

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