quarta-feira, 27 de março de 2013

Polícia fecha abatedouro clandestino que tinha empresa de ministro da Agricultura como cliente


A Polícia Ambiental de Minas Gerais interditou o matadouro clandestino que tem como cliente o ministro da Agricultura, Antônio Andrade. A medida atende a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais e foi tomada na terça-feira. A última edição de VEJA mostrou as condições insalubres e ilegais em que os animais eram abatidos no local. O ministro, que é dono de 3.000 cabeças de gado na região de Vazante, utilizava o local para abater animais de seu rebanho. O dono do local, Rogério Martins da Fonseca, admitiu que os animais eram abatidos com a utilização de uma marreta. Ele também não apresentou a documentação necessária para o funcionamento do abatedouro, que permanecerá fechado até que a situação seja regularizada. Em 2006, Rogério chegou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que se comprometeu a regularizar a situação do estabelecimento. Mas não cumpriu o acordo negociado com o promotor José Geraldo Rocha. O dono do abatedouro é amigo do ministro há mais de duas décadas, e confirmou a VEJA que Andrade é seu parceiro: “O último gado que comprei do ministro foi em dezembro. Foram 22 reses”. Em nota, Antônio Andrade negou que seja parceiro comercial do abatedouro clandestino; disse que negocia seus animais apenas com grandes frigoríficos.

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