sábado, 23 de março de 2013

Ministério Público do Trabalho aponta negligência do consórcio responsável pela obra no desabamento em Viracopos


Procuradores do Ministério Público do Trabalho vistoriaram e constataram a falta de escoras laterais nas obras de ampliação o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, onde um operário morreu soterrado após um desabamento na manhã de sexta-feira. O Consórcio Aeroportos Brasil é o responsável pela obra, por meio de seu subsidiário Consórcio Construtor Viracopos, do mesmo grupo econômico. “Houve negligência do consórcio no fornecimento de proteção coletiva (escoramento), que poderia ter evitado o acidente fatal. A responsabilidade de manter a obra em perfeitas condições de segurança é unicamente do empregador, a quem compete fiscalizar o seu cumprimento e zelar pela integridade física de seus trabalhadores. Esperamos sinceramente que o consórcio tome providências em favor da família do acidentado”, disse o procurador Alex Duboc Garbellini. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, o escoramento é exigido pelas normas de segurança do trabalho. No momento do acidente, os operários trabalhavam em um plano inclinado que levava até o local mais profundo da escavação, quando a terra desabou sobre dois deles. O Ministério Público do Trabalho destaca que o terreno estava molhado e havia atividade de retroescavadeiras no entorno da escavação. Além dos procuradores e peritos do Ministério Público do Trabalho, foram ao canteiro de obras fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e policiais civis. Em setembro do ano passado, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério do Trabalho e o Consórcio Aeroportos Brasil criaram um protocolo de trabalho em que a empresa se comprometeu a fornecer o cronograma das obras de ampliação do aeroporto e suas atualizações a cada 45 dias.

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