domingo, 3 de março de 2013

John Kerry acha "censurável" declaração de premiê turco sobre sionismo


O secretário norte-americano de Estado, John Kerry, criticou na sexta-feira o primeiro-ministro da Turquia por ter comparado o sionismo a um crime contra a humanidade, num incidente que lançou uma sombra na reunião entre os dois países membros da Otan. Kerry, que faz sua primeira viagem a um país islâmico desde que assumiu o cargo, se reuniu com líderes turcos para discutir temas como a guerra civil na vizinha Síria, segurança energética, o programa nuclear iraniano e o combate ao terrorismo. Mas a declaração feita pelo premiê Tayyip Erdogan durante uma reunião da ONU, em Viena, turvou o ambiente. O governo de Israel, a Casa Branca e o secretário-geral da ONU também recriminaram o pronunciamento. "Não só discordamos como achamos censurável", disse Kerry em entrevista coletiva ao lado do chanceler turco, Ahmet Davutoglu. O secretário afirmou ter abordado o tema de maneira "muito direta" com Davutoglu, e que pretende fazer o mesmo com Erdogan. Na quarta-feira, durante a reunião da Aliança de Civilizações da ONU, Erdogan disse que "assim como com o sionismo, o antissemitismo e o fascismo, tornou-se necessário ver a islamofobia como um crime contra a humanidade". Kerry disse também que Turquia e Israel, sendo dois importantes aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio, deveriam buscar uma melhora nas suas relações bilaterais, muito abaladas desde 2010, quando militares israelenses reagiram à agressão turca e mataram terroristas que os atacaram em um navio que afrontava bloqueio naval israelense (legal) a Faixa de Gaza.

Nenhum comentário: