terça-feira, 12 de março de 2013

Joaquim Barbosa diz que bancos fazem corpo mole no caso de lavagem de dinheiro


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, acusou nesta segunda-feira os bancos de serem lenientes no controle que fazem para evitar o crime de lavagem de dinheiro. O motivo, segundo o ministro, é a sensação de impunidade. Na avaliação de Joaquim Barbosa, é preciso que as instituições financeiras sejam mais atuantes no combate a esse crime pela dificuldade de identificar a lavagem.  "De fato, enquanto instituições financeiras não visualizarem possibilidades de serem punidas por servirem de meio pela ocultação dos valores que se encontram sob sua responsabilidade, persistirá o estimulo à busca do lucro, visto como combustível ao controle leniente que os bancos fazem sobre abertura de contas e transferências", disse na abertura de um seminário sobre o combate à lavagem de dinheiro promovido pelo Conselho Nacional de Justiça. O presidente do Supremo disse ainda que houve avanços, mas que ainda é possível identificar um "quadro preocupante" no País sobre "branqueamento de capitais" e questionou a atuação dos tribunais na aplicação da legislação. Ele disse ainda que é preciso analisar se não há problemas de investigação do Ministério Público e das polícias. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, em 2012 a maioria dos tribunais julgou 15 processos relativos à lavagem de dinheiro, com exceção do Distrito Federal e de Goiás. Barbosa disse que "os procedimentos investigatórios em regra são arquivados, sendo exceções os que geram denúncias".

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