quarta-feira, 6 de março de 2013

Criticado pelo presidente do PDT, Carlos Araújo volta para "conciliar o partido"


Envolto em brigas e polêmicas que racharam o partido em âmbito nacional e estadual, o PDT teve nesta quarta-feira o retorno de um filiado de longa data e que havia deixado a sigla há 12 anos: o ex-deputado estadual Carlos Araújo. Embora afirme que a sua volta à política tenha como um dos objetivos "a pacificação do partido", o ex-marido da presidente Dilma Rousseff recebeu críticas internas antes mesmo de assinar a ficha de filiação à legenda. Em carta enviada na terça-feira, o presidente municipal da silga em Porto Alegre, Vieira da Cunha, afirmou que o retorno de Araújo "não seria construtivo para o partido". Ao lado do presidente nacional Carlos Lupi e seus aliados, Vieira nutre divergências com os irmãos Brizola. Como pano de fundo da crise, além da eleição para o diretório nacional, está a disputa por espaço na Esplanada dos Ministérios — Lupi quer indicar Vieira para ocupar a pasta do Trabalho, hoje comandada por Brizola Neto (PDT-RJ). No documento assinado por Vieira, o presidente municipal escreve que "já temos inimigos na trincheira de sobra", em referência aos irmãos Brizola, e acusa Araújo de ter abandonado a militância trabalhista. Eu acho que ele até pode ter razão na crítica, porque eu não deveria ter saído do PDT. Circunstâncias me levaram, naquele momento, a me afastar, e eu não entrei em partido nenhum. "Retorno ao lugar de onde nunca deveria ter saído", admitiu nesta quarta-feira o ex-deputado. O ato simbólico de assinatura da ficha de filiado ocorreu na casa de Araújo, na zona sul de Porto Alegre, e foi acompanhado pelo ex-governador Alceu Collares, pelo secretário estadual do Gabinete de Prefeitos, Afonso Motta, e pela deputada Juliana Brizola, entre outros integrantes da sigla.

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