sábado, 23 de março de 2013

Confrontos perto da sede da Irmandade Muçulmana deixam mais de 120 feridos no Egito


Manifestantes da oposição enfrentaram na sexta-feira membros da organização nazista Irmandade Muçulmana perto da sede do grupo islâmico, em um subúrbio do Cairo, que se tornou alvo da ira dos opositores aos islamitas no poder. Mais de 120 pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos, anunciou o diretor dos serviços de emergência, Mohammed Soltane. Durante a noite, vários grupos de manifestantes permaneciam nas imediações da sede da Irmandade Muçulmana, situada sobre a colina de Moqattam, no subúrbio da capital, e colocada sob forte proteção policial. Pouco antes, manifestantes detiveram e espancaram três simpatizantes islâmicos, despindo dois deles. Também fizeram parar uma ambulância que transportava um membro da Irmandade Muçulmana, que acabou sendo alvo da fúria dos opositores. Quatro ônibus que levavam membros da irmandade islamita para a colina de Moqattam foram queimados. Partidários da Irmandade também partiram para o ataque e dispararam balas de borracha. "Eu vim de Bilbeiss (Delta do Nilo) para proteger a sede com meus amigos", disse um membro da Irmandade Muçulmana. "Ovelhas! Rebanho! Vocês caminham atrás de Badie!", cantavam os opositores, referindo-se ao Guia Supremo Mohammed Badie, acusado de ser quem realmente toma as decisões no Egito, na sombra do presidente Mohamed Mursi, que pertence à irmandade. Mursi, que enfrenta uma onda de indignação, é acusado pela oposição de trair a "revolução" e por não resolver os graves problemas econômicos e sociais do país.

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