segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Representante de terminais diz que contratação de trabalhadores para portos não pode ser monopolizada


O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, disse nesta segunda-feira que os empresários do setor estão de acordo com a Medida Provisória (MP) 595/2012, que estabelece novo marco regulatório para os portos e defende maior liberdade do setor na contratação de trabalhadores. A MP, entre outras mudanças, vai permitir que trabalhadores que não estejam registrados ou cadastrados no Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) entrem no mercado, o que, segundo os sindicatos dos portuários, vai ser prejudicial para a categoria, porque diminuirá os salários. A proposta levou trabalhadores de 36 portos em 12 Estados a paralisarem as atividades na última semana. Após uma reunião entre o governo e sindicatos, os portuários voltaram ao trabalho e se comprometeram a suspender a greve pelo menos até o dia 15 de março. Até lá, a MP continuará sendo negociada. “Não se pode querer criar um novo monopólio, o futuro do Ogmo é ter um conjunto de trabalhadores treinados permanentemente, mas tem que ter liberdade de contratar. O órgão tem que tornar seus trabalhadores eficientes, eles têm que ser competitivos, que aí certamente todo mundo vai contratar na hora. O trabalhador avulso é a solução, desde que seja bem treinado, que haja liberdade de contratar”, disse Manteli após reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino.

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