sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Renan Calheiros é eleito presidente do Senado

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito nesta sexta-feira presidente do Senado. Ele substituirá o companheiro de partido José Sarney (AP) e presidirá a casa legislativa por dois anos. Calheiros, eleito em meio a denúncias do procurador-geral da República, obteve 56 votos, contra 18 do senador Pedro Taques (PDT-MT). Houve dois votos em branco e dois nulos. Ao todo, 78 dos 81 senadores participaram da votação. Antes da eleição, senadores falaram na tribuna do Senado, manifestando opiniões contrárias e favoráveis a Calheiros. Colega de partido do novo presidente da Casa, o gaúcho Pedro Simon afirmou que, em razão das denúncias envolvendo o seu nome, Calheiros não deveria ter se candidatado. O ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) tentou desqualificar a figura do procurador-geral Roberto Gurgel e dizer que ele não pode apresentar denúncias contra Calheiros: "Gurgel é prevaricador, chantagista e sem autoridade moral". Em seu discurso, antes da votação, Pedro Taques se apresentou como perdedor. Disse que a vitória de Renan estava garantida e mas insistiu na importância moral da sua candidatura: "Sou o candidato do PDT, do PSOL, do PSB, do DEM, do PSDB e de corajosos senadores de outras legendas que não se submeteram. Nós, os que vamos perder, saudamos a todos com a dignidade intacta". Desde 2003, o comando do Senado é praticamente uma dança das cadeiras entre Sarney e Calheiros, que presidiram a casa quase de modo ininterrupto.

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