terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Presidente do PSDB, defende em São Paulo a escolha de Aécio Neves para presidente

O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), cobrou, em palestra durante Congresso Estadual, em São Paulo, que o partido escolha o candidato a presidente da República "antes do tempo" e defendeu o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como o nome tucano à sucessão de Dilma Rousseff. "Não podemos esperar até a última hora", disse ele na noite de segunda-feira. "Eu defendo o nome do ex-governador Aécio Neves, que é o mais qualificado neste instante para ser pré-candidato. Temos chance de disputar a eleição e vencer", disse Sérgio Guerra, depois de conclamar uma renovação dos quadros do PSDB. Sérgio Guerra pediu ainda aos militantes que unifiquem o discurso e eliminem as convicções de que o PSDB é um partido de elite. "Se temos quadros bons, de qualidade, melhor para nós. Mas que estejam integrados. Não tem que ter elite no PSDB, é preciso uma executiva nova no PSDB", afirmou o presidente nacional tucano. Para Sérgio Guerra, o candidato do PSDB à sucessão de Dilma precisa ser escolhido em prévias, como defende, segundo ele, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. "Não tem essa de não fazer prévias, não tem essa de não ouvir", declarou. Sérgio Guerra criticou o governo federal e afirmou que há uma saturação de medidas populistas, como a redução na conta de luz em um cenário de queda na balança comercial e de baixo crescimento. "A marca do PT é a utilização da máquina pública na eleição. Eles usam a máquina sem nenhuma cerimônia", completou. No entanto, admitiu, ao cobrar maior participação das mulheres no PSDB, a vantagem do PT: "Não pode é que o PT tenha 50% dos cargos com mulheres e nós do PSDB não tenhamos". Ainda nas críticas ao PT, Sérgio Guerra foi enfático no posicionamento do governo em relação ao Mensalão. "Será possível que a presidente da República vai para uma reunião com um cara que foi condenado há uma semana", disse sobre a reunião do PT em São Paulo, onde Dilma deve encontrar o ex-ministro José Dirceu, condenado no processo do mensalão. Durante o debate, o fundador e dirigente do PSDB, Evandro Losacco, escancarou as divergências entre os tucanos em Minas Gerais e São Paulo. "Estou incomodado com o discurso antipaulista criado nos últimos anos. São Paulo tem de ser respeitado e o gesto maior dos que apoiam Aécio Neves é reconhecer a força de São Paulo", disse. "São Paulo não é vingativo e não vamos fazer como Minas Gerais fez nos últimos anos, que não apoiou nosso candidato", completou. "Não tem essa de PSDB de São Paulo e de Minas Gerais. Isso é falso e inventado contra nós pelos adversários", rebateu Sérgio Guerra. "Nunca vi um eleitor deixar de votar em Geraldo Alckmin, José Serra, porque era paulista. Acho que nossa campanha não inspirou o brasileiro de uma maneira geral e não tivemos aqui em São Paulo uma vitória que deveríamos ter tido", admitiu. Ainda segundo ele, se o candidato a presidente da República for viável em São Paulo, tem 10% de chance de ser eleito, pela importância da cidade e do Estado.

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