quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O ilustre desconhecido Eduardo Campos começa a correr o Brasil para viabilizar candidatura contra Dilma e Aécio Neves


Figura mais presente nas polêmicas da política nacional nas últimas semanas, desde que deu o sinal verde para aliados entrarem em campo, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, só aguarda agora que o ex-presidente Lula marque a data do encontro pedido para depois do carnaval — quando deverá comunicar-lhe, pessoalmente, que não está disponível para vice na chapa de Dilma Rousseff e que é irreversível o desejo do partido de lançá-lo presidente já em 2014. Mesmo com encontros previstos com Lula e no palanque ao lado de Dilma dia 18, em Pernambuco, Eduardo Campos já tem uma extensa agenda para seu projeto pessoal de tornar-se conhecido nacionalmente. E a grande estréia de sua caravana pelos Estados será em um ambicioso evento dia 9 de abril, quando pretende falar para cerca de 5 mil empresários em Porto Alegre. Nessa palestra, tratará dos problemas da política econômica do governo Dilma e apontará caminhos, tudo que o empresariado nacional quer ouvir. A nomes do Instituto Empresarial Michel Gralhas, vai falar da necessidade de investimentos para frear a queda da economia e fazer outras análises que inevitavelmente vão tocar nos pontos fracos da criticada política econômica de Dilma. Sobre a disposição já anunciada de Campos de continuar na base do governo oficialmente em 2013, no comando de dois ministérios, a estratégia é não tocar no assunto. Mas, se houver uma cobrança de apoio em 2014 para que continuem nas mãos do PSB os ministérios da Integração Nacional, com Fernando Bezerra Coelho, e dos Portos, com Leônidas Cristino, o partido dirá à presidente Dilma que fique à vontade para fazer as substituições necessárias na reforma prevista para março. "Não tratamos deste assunto em nenhum momento. Nem internamente nem nas conversas com a presidente", disse Eduardo Campos. Antes do evento em Porto Alegre, que será completado por uma grande festa partidária para comemorar o aniversário do cacique Beto Albuquerque (PSB-RS), Eduardo Campos irá a dois Estados do Nordeste e a outro do Centro-Oeste para receber homenagens e aproveitar para fazer eventos partidários. Dilma, que também está acelerando seu palanque, estará ao seu lado no dia 18 inaugurando uma adutora que levará água do Rio São Francisco para o sertão do Pajeú. Com Lula, o convite foi feito para uma conversa depois do carnaval, e só falta ser agendado o dia. Recentemente, o PSB e o próprio Campos mostraram irritação com notícias de que Lula estaria articulando tirar o PMDB de Michel Temer da chapa de Dilma para dar a vice ao governador, impedindo sua candidatura em 2014. Também começou a azedar a relação com o PSDB do senador Aécio Neves (MG), provável candidato tucano a disputar a Presidência da República em 2014. Nas eleições municipais, Aécio Neves e Campos apareceram juntos na campanha e seus partidos fizeram dobradinha em algumas cidades importantes, como Campinas. Disposto a se posicionar de forma mais forte nas grandes polêmicas nacionais, principalmente para se diferenciar de seus prováveis adversários em 2014 (PT, PSDB e PMDB),  Eduardo Campos entrou na briga contra o pedido de impeachment do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A ideia de pedido de impedimento surgiu após Gurgel ter enviado ao Supremo Tribunal Federal denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).

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