quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Número de jovens assassinados no Brasil soma "73 Santa Marias", compara ministro petista

Para dar a dimensão da insegurança de jovens no Brasil, o ministro petista Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, recorreu a uma comparação dramática com o incêndio na assassina boate Kiss em Santa Maria, no final de janeiro, que deixou 239 mortos. O ministro citou o número de jovens assassinados em 2010 e concluiu: “foram 73 Santa Marias”. “A violência de fato surge como uma grande preocupação. Em 2010, nós tivemos no Brasil 49.932 assassinatos, 53% deles, portanto, 26.422, foram de jovens e entre os jovens, 91% do sexo masculino”, relatou o ministro petista, que já está há 10 anos no poder. “Nós que nos chocamos tanto recentemente com a tragédia de Santa Maria temos que entender que em 2010 foram 73 Santa Marias”, enfatizou ao participar na quarta-feira do lançamento da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, que nesse ano, discute o tema da Juventude. Ao defender uma parceira com a igreja para melhorar a situação dos jovens no Brasil, o petista Gilberto Carvalho admitiu que o governo não tem condições de sozinho promover políticas capazes de mudar essa realidade: “Não há governo que vai dar conta de uma realidade como essa”, disse. Como assim? Dez anos depois de o PT subir ao poder no País, agora vem dizer que não é capaz de resolver o problema da violência que abate milhares de jovens por ano no Brasil? O ministro petista informou que o governo já mapeou 132 cidades responsáveis por 70% dos crimes contra jovens no Brasil. Esses locais serão base, de acordo com Gilberto Carvalho, do programa Juventude Viva, que o governo da petista Dilma pretende lançar com medidas preventivas para combate à violência. Isso fará agora, em fim de mandato, sem dúvida com tremenda cara politiqueira. “Será uma tentativa de se fazer uma ação preventiva com jovens, sobretudo da periferia e negros, em relação à violência”, detalhou. O programa terá a participação de várias pastas do governo e parcerias com governos estaduais e municipais. Além da construção de espaços de convivência, culturais, e de qualificação profissional, de acordo com o ministro petista, uma parte dos recursos previstos para o Juventude Viva será destinada à formação de policiais. “Não é possível que nós continuemos a pensar que o jovem é suspeito a partir da cor da sua pele. Temos que trabalhar os agentes públicos de segurança para romper com essa trágica discriminação que se tornou uma cultura nesse País”, disse o ministro.

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