sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Marcos Valério nega autoria de lista que cita ministro Gilmar Mendes em novo depoimento na Polícia Federal

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado no julgamento do Mensalão do PT como operador do esquema, prestou depoimento na manhã desta sexta-feira na superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais, em Belo Horizonte. Segundo o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, o empresário negou a autoria de uma lista com nomes de supostos beneficiários de repasses de recursos que seriam provenientes de caixa dois da campanha derrotada à reeleição do hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), em 1998. A lista cita o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. O esquema de financiamento da campanha do tucano é investigado no processo do chamado "mensalão mineiro". A lista foi publicada no ano passado pela revista filopetista "Carta Capital". Marcos Valério foi ouvido pela Polícia Federal como testemunha. No documento constava uma assinatura que supostamente era sua. O advogado do empresário disse que, durante depoimento de cerca de uma hora, ele afirmou que o conteúdo da lista é falso e que não produziu nem assinou os papéis: "Isso tem característica de listas falsas que foram feitas em Minas Gerais por um cidadão que já respondeu a vários processos por falsificação, Nilton Monteiro", afirmou o advogado Marcelo Leonardo. A lista foi encaminhada à Polícia Federal pelo advogado do lobista Nilton Monteiro. Ele é o responsável pela divulgação da "lista de Furnas", documento com nomes de 156 políticos que supostamente teriam recebido dinheiro da estatal federal Furnas Centrais Elétricas para suas campanhas eleitorais em 2002, o que é ilegal. A autenticidade da lista, porém, nunca foi comprovada. Ele foi preso em 2011, acusado de forjar documentos que colocavam empresários e políticos como credores dele. No ano passado, voltou a ser preso sob acusação de estelionato.

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