segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Juliana Brizola tenta salvar Brizola Neto e convoca reunião para casa de Carlos Araújo


A deputada estadual gaúcha Juliana Brizola está ligando para os seus apoiadores em Porto Alegre e no Interior, convocando todo mundo para uma reunião na casa do ex-deputado Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff, na tarde desta segunda-feira, em uma última tentativa de salvar o ministro Brizola Neto do expurgo prometido pelo governo ao presidente do PDT, Carlos Lupi. Seu provável sucessor seria Manoel Dias, secretário geral do partido. Durante a semana, Juliana Brizola se empenhou em recuperar os apoios de Cláudio Janta, vereador em Porto Alegre e membro da direção da Força Sindical, e Alceu Collares, perdidos em razão dos episódios das pichações que  atacaram Vieira da Cunha e Carlos Lupi. A deputada gaúcha teria ido a Brasília tentar pedir apoio de Gilles Azevedo, na secretaria Geral da Presidência da República. Na tentativa desesperada de tentar manter o irmão no Ministério do Trabalho, Juliana Brizola tem buscado auxílio até de deputados do PT, mas sem sucesso. O próprio Brizola Neto já jogou a toalha, pois resiste á idéia de Juliana Brizola em realizar a reunião na casa de Carlos Araújo. Em Brasília é consenso que o tempo de Brizola Neto acabou, e não há nada que faça Dilma a mantê-lo no Mnistério, nem mesmo a intercessão de Carlos Araújo.. A presidente deve confirmar o nome de Manoel Dias, secretário-geral do PDT, como novo Ministro do Trabalho, uma vez que Vieira da Cunha já deixou claro que não quer ser ministro, informa o jornalista Políbio Braga. Na verdade, está detonada uma gigantesca guerra, em que os dois lados se odeiam. O deputado federal Vieira da Cunha e seu cunhado, Romilzo Bolzan Junior, donos do PDT no Rio Grande do Sul, ficaram indignados com as críticas de Juliana Brizola, e anunciaram processos de expulsão do partido contra ela. Ocorre que ambos têm muito a perder. No caso, a candidatura de Vieira da Cunha ao governo do Estado do Rio Grande do Sul no próximo ano. Ocorre que o procurador geral da República, Roberto Gurgel, deu prosseguimento à denúncia encaminhada para ele pelo Procurador Geral de Justiça gaúcho, a partir de inquérito aberto e conduzido por promotor de primeira instância. Essa investigação começou com denúncia apresentada pela ex-deputada trabalhista Adriana Rodrigues. Ela era sub-subsecretária de Juliana Brizola na Secretaria da Juventude, na prefeitura de Porto Alegre, quando esta foi acusada por seu antecessor e companheiro de partido, vereador Mauro Zacher (atual secretário de Obras da capital gaúcha), de desviar recursos públicos para sua campanha eleitoral. Ao terminar seu depoimento no Ministério Público, Adriane Rodrigues, ex-mulher de Flavio Zacher, fez poderosas denúncias contra este, Carlos Lupi e Vieira da Cunha. Como os dois últimos tinham prerrogativas especiais (um era ministro, e o outro deputado federal), as denúncias foram encaminhadas ao Procurador-Geral do Eswtado do Rio Grande do Sul, que as encaminhou para Roberto Gurgel, em Brasília. E este, agora, mandou o pedido de investigação contra Vieira da Cunha para o Supremo Tribunal Federal. Assim, a abertura de processo disciplinar contra Juliana Brizola no PDT gaúcho não passa de jogo de cena, porque ambos sabem, Vieira da Cunha e Romildo Bolzan Junior, que ela tem imunidade parlamentar para as críticas que faz. Além disso, os dois estão irritados por terem comprovado que o papel desempenhado pelo sub-procurador Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Ivory Coelho Neto (Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos), que chamou Juliana Brizola até a sede do Ministério Público em Porto Alegre (as "Torres Gêmeas"), para comunicar a ela que estava encerrada e arquivada a investigação contra ela, não surtiu efeito. Ivory Coelho Neto é ligado a Vieira da Cunha, exercendo o papel de destaque na Fundação Leonel Brizola, criada pelo deputado federal.

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