segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Inflação sobe em janeiro e já preocupa para o ano inteiro


O aumento de preços volta a preocupar já no início de 2013. O mercado financeiro aumentou, pela quinta semana consecutiva, a expectativa para a inflação deste ano, conforme divulgou o Banco Central nesta segunda-feira. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor — Semanal (IPC-S), que mostra o comportamento dos preços neste primeiro mês do ano, teve alta de 1,01% entre as sete capitais pesquisadas. Em Porto Alegre, o IPC-S fechou janeiro com alta de 0,92%, menor que a média nacional, mas ainda assim considerada elevada. Para efeito de comparação, em dezembro o aumento chegou a 0,34%. Os três grupos que mais pesaram no bolso do consumidor porto-alegrense foram despesas diversas, impulsionado pelo aumento do preço do cigarro, educação, motivada pelas mensalidades dos cursos de Ensino Superior, e alimentação, puxada pela batata-inglesa. Também chamou atenção a escalada do preço de hortaliças e legumes, que em um ano subiram 50,11%, enquanto a média na capital gaúcha avançou 5,75%. Só no mês de janeiro, esse grupo de alimentos teve alta de 16,7%, puxado por alface (21,62%), cebola (19,47%) e tomate (15,37%). Especialistas avaliam que alcançar o centro da meta de inflação, os 4,5%, não é a maior preocupação do governo federal atualmente. Há pelo menos três anos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência para esse objetivo, termina dezembro acima dos 4,5%. Na avaliação de economistas consultados pelo Banco Central, a taxa básica de juro subirá daqui a um ano. Atualmente em 7,25% ao ano, a Selic deve avançar para 7,50% em fevereiro de 2014, um mês mais cedo do que o estimado até semana passada, de acordo com a pesquisa Focus. Pelos cálculos, o juro básico encerrará o ano de 2014 em 8,25% ao ano. A expectativa de inflação para 2013, entre economistas, analistas de mercados e instituições financeiras consultados pelo Banco Central, aumenta cada vez mais. O centro da meta de inflação do Banco Central para 2013 é 4,5%. É medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA. Há uma margem de dois pontos percentuais, ou seja, se a inflação ficar entre 2,5% e 6,5%, a meta será cumprida. Nos últimos 12 meses, o que mais pressionou a inflação em Porto Alegre foram os grupos alimentação e despesas diversas: despesas diversas - 19,88%; alimentação - 10,92%; educação, leitura e recreação - 7,05%; saúde e cuidados pessoais - 5,66%; habitação - 3,73%; transportes - 1,49%; vestuário - 0,18%.

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