segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Fipe antecipa que março poderá registrar deflação, pela diminuição da conta da luz


Caso os alimentos in natura apresentem queda nos preços em março, pode ser registrada uma deflação no próximo mês. A avaliação é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Rafael Costa Lima. De acordo com Lima, além do movimento do grupo Alimentação, o impacto do corte na tarifa de energia elétrica deve ser maior em março, o que contribui para que no próximo mês o IPC tenha variação menor do que a de fevereiro. A projeção da Fipe é de que o indicador feche o segundo mês do ano com variação de 0,37%. O comportamento dos alimentos in natura será decisivo para o resultado do próximo mês. "Os in natura sobem com as chuvas e depois rapidamente se equilibram. Se tivermos queda neste grupo já em março, é muito provável que tenhamos deflação. O cenário é de uma variação certamente menor do que a de fevereiro",  comentou o economista. Lima explica que, somada a uma possível queda nos alimentos, o corte da tarifa de energia elétrica terá impacto maior no próximo mês. "Para março, esse impacto da energia vai ser maior, pois a maioria dos consumidores vai começar a pagar a redução da alíquota cheia", disse. Se por um lado as pressões de baixa serão maiores, as de alta - como aumento nos combustíveis, IPTU e passagens aéreas - devem ser menores. "Em março começa a sair o aumento da gasolina, aumento do IPTU, entramos na baixa temporada de passagens aéreas. Devemos ter uma inflação até menor do que a de fevereiro", avaliou ele.

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