quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Advogado Luia Adriano Vargas Buchor é preso em Porto Alegre sob suspeita de sonegar R$ 150 milhões em impostos


O advogado tributarista Luis Adriano Vargas Buchor foi preso na quarta-feira sob suspeita de montar um esquema de sonegação de ICMS. Com prisão preventiva decretada pelo juíz Mauro Caum Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Porto Alegre, Buchor, segundo denúncia do Ministério Público, seria especialista em falsificar documentos que gerariam falsos créditos a empresas, permitindo a elas isenção de impostos ou abatimento nas taxas. O advogado vinha sendo investigado desde meados de 2012 pela Promotoria de Combate aos Crimes Tributários em parceria com o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e com agentes da Receita Estadual. As autoridades já teriam comprovado a sonegação de R$ 40 milhões em impostos, mas estimativas indicam que chegaria a R$ 150 milhões. Buchor foi denunciado com outras 12 pessoas, que seriam sócios, parentes e laranjas (pessoas que emprestam o nome para negociações fraudulentas) do advogado. Buchor é o único que está preso. O grupo foi denunciado pelos promotores Fabiano Dallazen e Aureo Gil Braga, da Promotoria de Combate aos Crimes Tributários, por falsificação de documentos, falsidade ideológica, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Além da prisão, a Justiça decretou o bloqueio de contas bancárias no Rio Grande do Sul, e sequestros de bens no Estado e em Santa Catarina. Foram apreendidos três carros de luxo (dois Porsche Cayenne) e um Maserati, e um iate ancorado em uma marina de Jurerê Internacional. Buchor teria, ainda, uma cobertura em Jurerê, avaliada em R$ 3 milhões, e um apartamento no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, que custaria R$ 5,5 milhões. Os veículos e imóveis estariam em nomes de terceiros, mas, segundo Dallazen, existiriam provas que os bens pertencem a Buchor. O esquema fraudulento teria origem na empresa de Buchor que orientaria empresas a constituir créditos de ICMS inexistentes, com falsificação de até assinatura e carimbo de fiscais da Receita Estadual.

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